Cores

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17 de fev. de 2012

Amor sem controle.

Fazendo trabalhos acadêmicos, tive a oportunidade de visitar algumas ONG's e dentre elas conheci a Casa de Eliane de Grammont. É um espaço de acolhimento a vítimas da violência doméstica e familiar, ou seja, espaço de acolhimento a mulher.
Em pleno século XXI ainda existem mulheres que são vítimas de maus tratos e brutal violência por parte de seus parceiros.
Confesso que mudei meu olhar sobre esse assunto quando visitei a casa. Ás vezes me perguntava o porquê de uma vítima permanecer refém do seu algoz durante anos e anos e não procurar  sair desse ciclo vicioso. Aprendi que cada caso é um caso e para essas mulheres que são marcadas pela violência nada é tão simples assim, pois há muitas implicações.
Contudo, não é sobre isso que desejo falar. Pra falar a verdade gostaria de falar sobre o amor e de como ele se desenvolve dentro de um relacionamento sadio. Em primeiro, o amor não aprisiona ninguém. Há quem goste daquele(a)parceiro(a) que externa seu sentimento através de atos que, a princípio pode ser até inocente, mas que ao longo da relação se transforma em uma prisão. Estou falando do ciúme. Costumo ouvir frases do tipo: Ah, meu namorado não gosta que use determinada roupa ou que tenha amigos...Ah, minha namorada não gosta de dividir a minha atenção com ninguém...e por ai vai. Isso, a meu ver, não significa amor, mas sim sentimento de posse, de propriedade. O amor não resite a isso, pois ele precisa de espaço para crescer e dar frutos.
O amor requer confiança e se atualmente você não tem confiado em seu parceiro(a) alguma coisa está errada dentro dessa relação ou quem sabe em você mesmo. É preciso fazer uma reflexão.
Normalmente quando amamos, amamos porque o outro nos trouxe algo ausente em nós mesmos. Pode ser liberdade, espontaneidade, cumplicidade, companheirismo e coisas do tipo. Não nos apaixonamos porque o outro passou a controlar o nosso modo de vestir, agir, falar e se relacionar, não é verdade?
Vejo tanta gente investir em relações que se revelam em verdadeiros precipícios que levam a morte emocional e em casos extremos a morte física.
Algumas pessoas vivem num desespero de encontrar alguém que acabam aceitando qualquer um em suas vidas e quando isso acontece as consequencias podem ser desastrosas.
Quero encerrar citando uma observaçaõ do psicologo Carl Rogers quando este disse que "amamos o pôr-do sol porque não o controlamos. Não controlamos as suas cores e nem desejamos modificá-lo. Simplesmente o aceitamos.
Pense nisso!

16 de fev. de 2012

Aproveitando a ultima mensagem postada sobre comunicação e o saber ouvir o outro, pergunto: Você gosta de ser ouvido? Ou você é daquele que gosta de guardar tudo para você?
Ser ouvido é tão importante quanto saber ouvir. Gosto de ser ouvida de vez em quando. Gosto quando alguém tem essa disponibilidade para comigo, pois são momentos como estes que tenho a possibilidade de aliviar a minha bagagem emocional.
Mas para ser ouvido precisamos tirar todos os ruídos existentes. Não podemos obrigar o outro a nos entender quando há códigos indecifráveis em nossa comunicação. Saber se comunicar é uma arte e nesta arte não cabe palavras truncadas, cortadas, vícios de linguagem e coisas do tipo. Na interação não cabe internetez...se é que você me entende. Ninguém pode entender uma mensagem a não ser que esta seja  clara.
Às vezes guardamos coisas velhas e sentimentos velhos por puro capricho. Calamos a nossa voz e abafamos o som dos sentimentos sem entender que tal atitude pode trazer sérios danos emocionais.
Deixe-se ouvir. Deixe o outro saber o que se passa em seu coraçaõ. Compartilhe, divida e experimente o crescimento, afinal, a comunicaçaõ produz isso.
Ninguém vai adivinhar o que você pode estar sentido, a não ser que você tenha a coragem de se expor.
Aproveite o dia!



15 de fev. de 2012

Como estudante de psicologia tenho lido muito ultimamente. Gosto de mergulhar nas linhas de alguns autores. No momento estou lendo um livro cujo título é UM JEITO DE SER - Carl Rogers. Este livro traz alguns relatos das experiências clinicas desse autor maravilhoso. Ele abre as páginas falando um pouco sobre comunicação. Você sabe o que é comunicação? Comunicar-se significa seguir um caminho de mão dupla. Você ouve e é ouvido e dentro desse dinâmica há o processo de crescimento mútuo.
O autor ressalta a importância de saber ouvir o seu semelhante. Saber ouvir os sentimentos que estão por traz de muitas ações. Aqueles sentimentos que não estão disponíveis, mas que estão presentes dentro da alma do indivíduo. Seria, muitas vezes, um pedido de socorro, um s.o.s. Existem muitas pessoas enviando mensagens de socorro por ai e infelizmente não estão sendo atendidas. Resultado disso: uma sociedade cada vez mais egoísta, pobre, violenta e seca  no que diz respeito as relações interpessoais.
É gostoso bater um papo. É gostoso ouvir e compartilhar histórias da nossa vida, trocar experiências. Saber os caminhos traçados e aonde esses mesmos caminhos nos levaram. Essa troca maravilhosa  é um privilégio nosso e certamente não é compartilhado com mensagens  propagadas em redes sociais. Não sou contra as redes sociais, mas creio que nada substitui o contato, o olho no olho, o aperto de mão. 
Você tem ouvido o seu semelhante? Tem compartilhado experiências com ele? Tem promovido o seu crescimento?
Às vezes não precisamos muito, apenas emprestar o ombro e dizer: Estou aqui..pode falar.

14 de fev. de 2012

Quanto mais conheço os homens, mais estimo os animais.

Você conhece a famosa frase acima? Pois bem, ela  pertence a um escritor romântico e historiador português chamado Alexandre Herculano morto em 1877. Essa frase ganhou voz quando um participante de um reality show que, após experimenatar desavenças dentro da casa proferiu em alto e bom som que, quanto mais conhecia o homem mais amava seu cachorro. Não vou entrar no mérito dos bichanos, afinal eles são  de fato companheiros,  mas a questão é que a frase virou moda desde então e quando não gosto de alguém ou se alguém me contraria ou não compartilha das minhas idéias....o cachorro é sempre meu melhor amigo. É puro modismo!
Mas será que você é tão perfeito quanto seu amigo trocado pelo seu cão? Duvido muito, pois somos feitos da mesma matéria e do mesmo produto. O que nos falta é um pouquinho de bom senso e reflexão acerca das coisas e dos acontecimentos.
A humanidade está em crise. Crise de valores, crise de identidade, crise moral e certamente isso traz consequencias ao  modo como encaramos a vida.  Preferimos emitir um juizo a tentar ouvir o que o outro tem a nos dizer. Somos como crianças caprichosas que embirram quando nossos pais nos negam uma vontade ou um desejo.
Não nascemos prontos. Eu não sou quem sou hoje simplesmente num passe de mágica e ninguém o é. Temos histórias e construímos as nossas vidas em cima dela. Cuidado, pois aquilo que você rejeita no outro pode ser aquilo que você é ...só não tem coragem de olhar para dentro de si mesmo. Por isso Jesus nos deixou bem claro o não julgar e tirar  primeiro a trave do nosso olho. Você já tirou a sua trave?
Não estou dizendo que devemos abrir as nossas portas para todo mundo..isso não acontece, pois somos seletivos e nos aproximamos daqueles que têm afinidades conosco. Mas lembre-se que se você também pode ser rejeitado. Você também faz parte do rol daqueles que amam mais seus cachorros. 
Se você desite da humanidade e do homem em geral pode estar também desistindo de você mesmo. É uma mão dupla a estarada da vida e todos trafegamos nela.
Por isso que quanto mais conheço os homens, mas sei que eles têm histórias pra contar. É só se dispor a ouvir!




29 de jan. de 2012

Hoje fui à igreja para ouvir um pouco da palavra de Deus. A mesagem foi sobre ser 100% cristão e entendi que não podemos ser divididos. Ou somos quem somos na totalidade, na integridade ou não somos nada. Confesso que sai pensativa do culto..não só pela palavra que mexe e mexeu com toda minha estrutura, mas sai pensativa porque infelizmente ou "felizmente" não consigo ser 100%. Tenho falhas, pecados e isso graças a minha natureza humana. Sou pó e é justamente neste pó que se manifesta a graça e as misericódias de Deus.
Se tivesse o poder de me tranportar para qualquer época..gostaria de ir na época em que Jesus ministrava  e falava a multidão. Gostaria de estar  perto e verificar como as pessoas se comportavam diante dos sermões de Jesus..se é que podemos chamar sermões, pois vindo de Jesus creio que seriam mais conversas e diálogos amigáveis. A palavra sermão tomou sentido diferente em nossos dias. Se tornou pesado e o seu fardo é difícil de carregar.
Tenho questionado muita coisa. Se estivesse naquela época com Jesus o encheria de perguntas acerca de várias coisas. Pergunataria o porquê se tornou tão pesado ser cristão atualmente. Sim! pesado! Essa é a palavra e não é por causa dos ensinos de Jesus, mas porque o homem faz questão de aprisionar o outro e tomar conta da sua vida e dizer-lhe o que deve ou não deve fazer. Jesus mostrava o caminho, a direção e muitos o seguiam não por medo, mas por amor. Jesus é amor!!!! Seu Fardo é suave! Ele é humilde e manso de coração.
A igreja está doente e como remédio ministramos tarefas para serem executadas, mas não tiramos as ataduras para ver a profundidade da ferida e da dor. Apontamos o dedo para as deficiências do outro, para os seus pecados, mas esquecemos que este "outro" não nasceu pronto  e no máximo ele é produto do meio em que vive.
Jesus sabia disso e por isso não apontava, apenas dizia: Vá e não peques mais....vá  e não peques mais...vá e não peques mais...
Fui dormir e adormeci pensando nessas coisas e disse com o senhor em minha oraçaõ: Senhor..não sou 100% , mas é na minha natureza falha e humana que seu amor se manifesta e sou grata por isso.
Obrigada Jesus, por me amar  e acreditar em mim.