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12 de abr. de 2011

Bullying

A moda agora é o tal do “bullying”. Parece-me que essa palavra funciona como uma espécie de senha para quem sofreu ou ainda sofre praticar atos de violência tão reprováveis quanto àqueles praticados pelos seus agressores. 
Mas o que de fato é bullying? De acordo com a enciclopédia livre Wikipédia, o termo bullying serve para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo. 
Que o bullying existe disso não tenho dúvidas, mas será que esse tipo de assédio dá licença para sair matando por ai? Pior.... atingir quem não tem nada a ver com a história..destruindo famílias e ceifando vidas inocentes, como aconteceu na escola em Realengo no Rio de Janeiro.
Até que ponto vai a responsabilidade dos educadores que se encontram alheios ao que acontece dentro de uma sala de aula? Até que ponto vai a responsabilidade dos pais que não percebem o sofrimento dos filhos, quando estes apresentam um quadro depressivo em desenvolvimento? Vou mais além em minha colocação e digo: onde estão os pais dessas crianças que simplesmente acham de “cismar” com um colega de classe por este não se enquadrar no seu grupo e saem por ai arrasando com o emocional, com a estima de um ser humano.. tão limitado e imperfeito quanto este que agride?
Parece-me que todos têm sua parcela de culpa. Não adianta colocar a culpa em um sistema de governo que sabemos que é falho, pois a mudança precisa começar dentro de cada um de nós. Precisamos sair da filosofia do “coitadin de mim” e adentrar no mundo da educação e do conhecimento de forma única e totalitária.
Sinceramente desejo que estes “brasileirinhos” como a nossa Presidente os chamou não tenham morrido em vão. Espero que tudo isso que aconteceu desperte em nós o desejo de um mundo melhor, de sermos pessoas melhores. De olharmos para o outro e percebermos o seu grito de “alerta”, seu pedido de socorro. Desejo que os pais atentem para as necessidades dos seus filhos e participem mais de suas vidas. Que entendam o universo que os cercam e façam parte dele. Que de vez em quando vá até a escola para saber como anda o comportamento do filho, que procure saber quem faz parte do círculo de amizades, o que pensam e o que esperam do próprio futuro. E mais... que ensinem a seus filhos a saber lidar com as diferenças por que estas sim, nos ensinam muito a respeito do outro.
E finalmente que os pais se tornem AMIGOS dos próprios filhos, pois se assim não acontecer, certamente o mundo cruel e desumanos no qual estamos inseridos os adotarão e ai poderá ser tarde de mais.
Que Deus nos ajude.